Irmandade de São Crispim e São Crispiniano

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/ADPRT/CON/ISCC
Title type
Formal
Date range
1410-10-20 Date is certain to 2008 Date is certain
Dimension and support
Papel
Extents
98 Livros
20 Maços
4 Macetes
3 Pastas
1 Capilhas
196 Páginas
11692 Folhas
Biography or history
A Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano, paróquia de Nossa Senhora da Conceição - Freguesia do Bonfim, cidade e Diocese do Porto - é provavelmente a mais antiga Irmandade ainda com actividade regular. Outrora denominada «Confraria e Albergue dos Palmeiros de S. Crispim e S. Crispiniano», foi fundada, segundo o seu estatuto de 1914, "por individuos pertencentes ás artes de Sapateiro, Surradores e Artífices do Couro". Mais tarde aos oficios citados juntaram-se também os Tamanqueiros e Soqueiros.

Entre o século XIII e XIX a Irmandade esteve instalada na denominada «Ponte de S. Domingos», no principio das Ruas de Santana e da Biquinha - hoje Rua de S. João - e, só de lá saiu por demolição das suas instalações, para a abertura da rua Mouzinho da Silveira. Admitimos que a sua fundação tenha ocorrido no séc. XIII, porquanto já no ano de 1345 (1307 da nossa era), recebeu uma importante doação de bens e casas dos beneméritos. Existe uma referência à fundação numa acta de reunião da Mesa Administrativa da Irmandade, de 5 de Outubro de 1924, onde se faz alusão às comemorações dos 700 anos da Irmandade referindo a data de 5 de Outubro de 1224, como sendo a da sua fundação.

Os fins actuais da Irmandade, segundo os seus estatutos de 2005, são:

- promover o culto Público;

- administrar a Fábrica da Igreja e a Sede da Irmandade, suas Dependências, os Bens Patrimoniais, o seu Arquivo Histórico, Paramentos, Alfaias e Bens Móveis, tendo em vista a sua genuína conservação, manutenção e segurança;

- difundir o Culto dos seus Padroeiros S. Crispim e S. Crispiniano, procurando angariar novos Irmãos;

- celebrar anualmente, no Domingo mais proximo do dia 25 de Outubro, a Solenidade dos nossos Padroeiros com Celebração Solene da Eucaristia, Pregação adequada com a presença dos Corpos Gerentes da Irmandade, antecedida de Triduo Preparatório com Exposição do SS.mo Sacramento;

- comemorar também com alguma solenidade as festividades: S. João Baptista; Natividade de Nossa Senhora; Festa da Dedicação da nova Igreja;

- Exercer outras actividades, como: empreendimentos de Evangelização, Obras de Piedade e Caridade, fomentando a Vocação Cristã e uma vida mais perfeita dos Irmãos e dos Membros desta Comunidade;

- orar pelos Irmãos vivos e sufragar as Almas dos Irmãos falecidos, de harmonia com o que se determina no Artigo 13.º destes Estatutos.

O Bispo do Porto pode atribuir à Irmandade outros fins realmente úteis e consentâneos com a missão da Igreja.

A Irmandade não tem fins lucrativos, mas fins exclusivamente religiosos.

Legal status
Fundo Privado
Custodial history
A documentação é custodiada pelo produtor - Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano - desde a sua fundação.
Scope and content
No arquivo da Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano (Porto) conserva-se um fundo documental compreendido entre os séculos XIV e XXI, que se relaciona com a sua actividade administrativa, dos seus Irmãos, e dos seus bens patrimonias.

Entre os tombos existentes os mais significativos são os dos registos de irmãos e das doações efectuadas ao longo dos séculos.

No móvel-cofre guardam-se 25 pergaminhos datados entre 1410 e 1543.

De alguns deles existem cópias quer em tombos, conservados também no arquivo da Irmandade, quer em certidões ou públicas-formas cosidas aos originais, quer ainda em “cópias” não autenticadas igualmente cosidas aos originais.

O conjunto dos pergaminhos é constituido por um pacto, uma agnição, dois actos de posse, três vendas (das quais uma inclui o acto de posse), quatro doações (das quais duas incluem os actos de posse) e treze prazos (dois deles feitos após renúncia a um prazo anterior).

Nos 24 documentos a Confraria dos Sapateiros, ou o Hospital dos Palmeiros, representada por provedores, procuradores, vigários, mordomos, oficiais ou “homens bons”, surge como outorgante em 16. Os restantes foram outorgados apenas por particulares. Na maioria dos casos a razão destes últimos se encontrarem no arquivo da Irmandade prende-se com o facto de se referirem a propriedades que a dada altura passaram a pertencer à Confraria. Cite-se, a título de exemplo, o caso de um prazo de metade de umas casas na Judiaria que pertenceram a Vasco Fernandes de Caminha, pai de Pero Vaz de Caminha, feito por sua mulher a um particular, casas essas que depois foram doadas à Confraria (em cumprimento de uma cláusula do testamento de Vasco Fernandes de Caminha), e posteriormente emprazadas por esta a um particular. Existem também vários pergaminhos cosidos a outros, ou a documentos escritos em papel, por estarem relacionados entre si.

São também significativos os livros de actas da Mesa Administrativa e da Assembleia-geral que reflectem a actividade da Irmandade. Existe também documentação relacionada com obras de caridade, ou seja, com o auxílio prestado aos Irmãos mais carenciados e outra relacionada com a construção da nova Capela da Irmandade e das festividades aí realizadas.

Para além disso existem processos judiciais (sentenças) que se relacionam com a gestão do património da Irmandade, a actividade profissional ou com a gestão dos bens doados.
Arrangement
Organização orgânico-funcional, de acordo com os estatutos da Irmandade, e ordenação cronológica.
Access restrictions
Por pedido dirigido à Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano
Conditions governing use
Por pedido dirigida à Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano
Language of the material
Por (português)
Physical characteristics and technical requirements
Regular
Other finding aid
Através da aplicação de descrição arquivistica DigitArq: base de dados de descrição arquivística.
Related material
Arquivo Distrital do Porto (Fundo Governo Civil do Porto)

Biblioteca Pública do Porto (Reservados)
Publication notes
Estatutos aprovados em 2005
Estatuto da Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano do Porto, aprovados por alvará do Governo Civil do Porto, de 17 de Setembro de 1914
MELO, Arnaldo Sousa - Apontamentos para a história da Confraria dos Sapateiros e Hospital dos Palmeiros nos séculos XIV a XVI
OLIVEIRA, Maria Helena Mendes da Rocha - A confraria de S. Crispim e S. Crispiniano e o seu Hospital na Idade Média, FLUP, dissertação de mestrado em História Medieval, Porto 2001
SILVA, Germano - A História de uma mudança, ed. Irmandade S. Crispim e S. Crispiniano, Porto, 2003
Notes
Siglas e Abreviaturas:

ISCC – Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano

M - Móvel

MC - Móvel Cofre

CF - Caixa Forte

SMA - Sala Mesa Administrativa

G - Gaveta

UI – Unidade de Instalação (livro, pasta, maço…)

D – Documento simples

Dc – Documento composto

E – Estante

P – Prateleira



Cota topográfica dos documentos

A cota topográfica é colocada na Unidade de Instalação (UI) ou Documento e indica a localização desta(e), e obedece à seguinte fórmula:

Sala/Móvel ou Cofre/Estante/Gaveta ou Prateleira - nº sequencial da UI e Documento.

Ex.

SMA/MC/G1-1

SMA/CF/E1/P1-1



Referência completa colocada no respectivo documento

A referência é atribuída automaticamente pelo “digitarq” e está de acordo com a organização do fundo documental.

Ex. ISCSC/SSA/MC/G1- 1 (n.º sequencial da UI e/ + n.º sequencial do documento)
Creation date
13/11/2008 00:00:00
Last modification
08/01/2024 11:43:25