Casa Bancária Pinto & Companhia Ldª.

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/ADPRT/EMP/CBPCL
Title type
Formal
Date range
1910-02-08 Date is uncertain to 1940-11-10 Date is uncertain
Dimension and support
283 ua ; papel; 32,19ml
Extents
132 Maços
131 Livros
98 Macetes
2 Capilhas
Biography or history
Fundada em Vila Nova de Famalicão no 1º trimestre de 1917, a Casa Bancária Pinto & Companhia possuía inicialmente a sua sede na Rua Santos Viegas 14 e 16.

Terá sido Joaquim Moreira Pinto que deu individualmente, inicio à actividade. A firma inaugurou novas instalações na mesma localidade a 20 de Novembro de 1919, na Rua Adriano Pinto Basto e Rua Daniel Santos e passou a contar com 3 sócios, Joaquim Moreira Pinto (gerente), António José Barros de Faria e António Gomes da Silva Brandão.

A actividade da firma insidia sobre operações bancárias, saques comissões e consignações. Representava também várias companhias de seguros para todos os ramos.

Eram agentes da companhia mundial de seguros e do Comptoir Português do Porto e correspondentes dos segintes bancos: Banco Português do Brasil, Banco Colonial Português, Banco Popular Português e da Casa Bancária Pinto e Sotto Mayor de Lisboa.

Os seus principais parceiros de negócio eram o Banco Popular Português, com quem mantinham relações privilegiadas, o Banco Português do Brasil, a Casa Bancária Pinto & Soto Maior e a casa Cupertino de Miranda & Irmão Limitada.

Tinham negócios no Brasil. Eram representantes no Rio de Janeiro,Pará e Pernambuco.

A casa Bancária participava ainda como sócia em várias empresas da região entre as quais a Empresa de Pesca do Alto Mar Limitada, Fábrica Linhagens de Famalicão, Limitada, A Central de Louredo Famalicão, Limitada, e a Empresa Mineira de Famalicão.

Em 1924, entrou para a firma outro sócio-gerente, Luís da Silva Carneiro, que possuía também sociedade na firma Guilherme Folhadela & Companhia.

As dificuldades da Casa Bancária começam a surgir em finais dos anos 20 com os prejuízos a aumentarem de ano para ano e sem capacidade para os suster. A liquidação do Banco do Minho e de outras casas bancárias da região também terão contribuído para a sua decadência.

A 12 de Novembro de 1930 foi nomeado o Comissário do Governo junto da firma – Adolfo Cândido de Macedo Vieira de Castro e Costa, para averiguar a situação.

A 9 de Maio de 1931, por ter sido retirada à Casa Bancária Pinto & Companhia a autorização para o exercício de comercio bancário e ter sido ordenada a liquidação imediata, é convocada uma reunião de credores e sócios para se proceder á escolha dos seus representantes na Comissão Liquidatária, comissão essa que entra em funções a 1 de Junho de 1931.

Em Novembro de 1931 foi feita uma tentativa de acordo com os credores para uma nova organização da casa bancária. Os credores, eram na sua maioria pessoas da classe baixa consideradas pobres, que depositavam pequenas quantias resultantes das suas poupanças.

O assunto foi remetido para a Inspecção do Comércio Bancário, e pedida a suspensão dos pagamentos.

Em Janeiro de 1932, foi lido em reunião da Comissão, o parecer da Inspecção do Comércio Bancário e do secretário de Estado, que mandava prosseguir com a liquidação.

A falência ainda não fora oficializada e o representante dos credores propõe uma avaliação dos prédios rústicos e urbanos para se saber se a diferença do activo e do passivo era substancial. Era mais uma tentativa de salvar a firma.

De salientar que nesta data, Maio de 1932, estava a decorrer a liquidação de outra casa bancária em Famalicão, “Brandão e Companhia” e o Banco do Minho importante agente financeiro da região que entrou em processo de liquidação em 1931. Daí que a Comissão Liquidatária justifique a dificuldade de venda dos prédios rústicos e urbanos desta casa bancária com a falta de numerário também causado por outras casas importantes do Norte do Pais haverem causado grandes prejuízos nos seus depositantes.

A última reunião da Comissão Liquidatária realizou-se 8 de Julho de 1933, sendo a 25 sido enviados os documentos de arquivos à Inspecção do Comércio Bancário, tendo sido extinta nessa altura.





Geographic name
Vila Nova de Famalicão
Legal status
A comunicabilidade dos documentos, está sujeita à legislação que rege o regime geral dos arquivos e do património arquivístico (Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de Janeiro) e a legislação mais específica de acordo com os casos
Custodial history
Após o encerramento de actividades a documentação foi enviada para a Delegação no Porto da Inspecção do Crédito Bancário e posteriormente remetida aos Serviços do Ministério das Finanças. Em 1987, a Direcção de Finanças do Distrito do Porto, transferiu a documentação para o Arquivo Distrital do Porto na sequência do Despacho da Secretária do estado da Cultura de 28 de Outubro de 1987. De salientar que a documentação deste fundo sofreu uma parcial destruição, devido a incúria e abandono o que afecta a sua integridade.
Acquisition information
Transferência da Direcção de Finanças do Distrito do Porto em 1987.
Scope and content
Documentação relativa à actividade da Casa Bancária, destacando-se os livros de caixa, razão, borrão, memorial, diários,etc.

De salientar a numerosa correspondência com clientes, bancos e casas comerciais e as cadernetas de diversos clientes..



A documentação desta casa bancária inclui o arquivo da Empresa de Guarda-sóis do Minho.
Arrangement
Classificação orgânico-funcional e ordenação cronológica
Access restrictions
Unidades arquivísticas de acesso condicionado.
Conditions governing use
Reprodução sujeita a restrições atendendo, ao número, tipo de documentos, estado de conservação e o fim a que se destina
Language of the material
Por (português)
Physical characteristics and technical requirements
Regular
Other finding aid
DigitArq: base de dados de descrição arquivística

Em 1993 foi publicado pelo Arquivo Distrital do Porto, o Guia do Arquivo que esteve em uso até 2005.
Creation date
26/06/2012 00:00:00
Last modification
08/01/2024 11:54:54