Serviço de Apoio Ambulatório Local/Zona Norte

Description level
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Reference code
PT/ADPRT/AC/FFH-SAALN
Title type
Formal
Date range
1963-04-01 Date is certain to 1987-07-29 Date is certain
Prominent dates
1974-1976
Dimension and support
Papel
Extents
2 Livros
278 Macetes
639 Folhas
243 Maços
673 Outros
3 Álbuns
27 Capilhas
Biography or history
O Serviço Ambulatório de Apoio Local foi constituído como corpo técnico especializado do Fundo de Fomento da Habitação por despacho conjunto dos Ministérios da Administração Interna e do Equipamento Social e do Ambiente, exarado em 4 de Agosto de 1974. Destinava-se primordialmente a "...apoiar, através das Câmaras Municipais as iniciativas das populações mal alojadas no sentido de colaborarem na transformação dos próprios bairros...". A ideia subjacente à constituição do SAAL baseava-se nas experiências iniciadas e consolidadas na América Latina em que se recorria por sistema a processos de autoconstrução. Desde o início na sua declaração programática o SAAL define claramente o que viria a constituir os seus princípios e práticas originais: a participação dos moradores na resolução dos seus problemas de habitação e o direito à cidade. Com efeito nenhuma operação SAAL era desencadeada sem um prévio pedido formalizado por um grupo de moradores, grupo esse que posteriormente teria vinculativamente de se constituir em Associação. Esta participava endogenamente no processo operacional desde a sua concepção até à construção. A segunda premissa programática - o direito à cidade - definia-se pelo reconhecimento do direito que os moradores possuiam de permanecer nos locais recuperados, em vez de se verem deslocados para a periferia demasiado isolada e insuficientemente provida de recursos e equipamentos sociais. O SAAL continha diversas valências como a dinamização cultural, associativa e política. A imprensa local foi, entre outros, um dos meios considerados privilegiados como forma de intervenção e divulgação. Paralelamente desenvolvia-se uma componente jurídica não apenas para apoiar o serviço operacional do SAAL mas também para responder, na medida das solicitações efectuadas, a dúvidas dos moradores. A implantação de novas urbanizações implicava o estabelecimemto de legislação normativa específica como o Regulamento de Uso de Habitações (RUH).

O SAAL Norte destacava-se dos seus congéneres de Lisboa e Algarve por motivos de ordem organizativa, política, técnica e processual. Enquanto no primeiro caso, por exemplo, a intervenção se dirigia de forma quase exclusiva para os bairros clandestinos situados nas periferias, no Porto o panorama característico era de ilhas integradas na tessitura urbana o que obrigava a intervenções mais técnicas e porventura mais complexas. Outra das característca originais reside na sua profunda ligação à ESBAP (Escola Superior de Belas Artes do Porto), constituindo esta um núcleo dinamizador e, nalgumas fases, orientador do processo SAAL.

Geographic name
Porto (Distrito)
Custodial history
A documentação descrita foi na sua maioria doada ou cedida temporariamente ao Arquivo Distrital do Porto pelos seguintes indivíduos/organizações: A. Cerveira Pinto; Adalberto Gonçalves Dias; Alexandre Alves Costa; António Júlio Moura; Branco Lima; Célio Melo Costa; Cristiano Moreira; Domingos Tavares; Fernando Laranjeira; Gaspar Martins Pereira; IGAPHE/DHN; João Araújo Resende; Joaquim Bento Lousan; José Púlido Valente; Manuel Fernandes de Sá; Manuel José Magalhães; Manuel Lessa: Manuel Nicolau Brandão; Margarida Silva Coelho; Mário Brochado Coelho; Mário Trindade; Nuno Portas; Pedro Ramalho; Serafim Gesta; Sérgio Fernandez.
Acquisition information
O núcleo documental SAAL Norte foi recuperado no âmbito do projecto "Uma Cidade em (r)evolução: recuperação do arquivo SAAL Norte". Os documentos descritos foram recuperados de diversas proveniências institucionais e pessoais citadas em "História Custodial".
Arrangement
Organização funcional de acordo com plano de classificação elaborado; ordenação por processo, onomástica e geográfica.

As unidades de instalação e os próprios documentos são representados por um identificador composto por 3 blocos numéricos (por exemplo 08.123.000). O primeiro bloco numérico composto por dois dígitos indica qual a proveniência da documentação reportando–se ao código atribuído às entidades que emprestaram, doaram ou depositaram documentação no âmbito deste projecto. (Ver Notas)
Conditions governing use
Cópias de documentos em formatos A2, A1, A0 serão apenas disponibilizados em formato digital.
Language of the material
Por (português), italiano.
Physical characteristics and technical requirements
Contém documentos técnicos de arquitectura em suporte amocê e papel, de grande formato e difícil manuseamento
Other finding aid
DigitArq: base de dados de descrição arquivística
Location of originals
Os documentos que não são custodiados pelo Arquivo Distrital do Porto encontram-se nos produtores originais. (Ver História Custodial)
Alternative form available
A maior parte dos documentos custodiados pelo ADP são cópias
Notes
A interpretação dos códigos das entidades que cederam documentação é a seguinte:01 – Adalberto Gonçalves Dias 02 – António da Rocha Dias 03 – Célio Melo da Costa 04 – António Júlio Moura 05 – Joaquim Bento Lousan 06 – Pedro Ramalho 08 – IGAPHE/DHN 09 – Mário Trindade 10 – João Araújo Resenden12 – Cristiano Moreiran13 – Manuel Fernandes de Sá 14 – Pulido Valente 15 – Manuel Nicolau Brandão 17 – Manuel Lessa 18 – Sérgio Fernandez 19 – Gaspar Martins Pereira 20 – Fernando Laranjeira 21 – Domingos Tavares 24 – Mário Brochado Coelho 25 – Margarida Coelho 26 – Alexandre Alves Costa 27 – Serafim Gesta 28 – Branco Lima 29 – A. Cerveira Pinto

30 – Nuno Portas

Creation date
27/11/2012 00:00:00
Last modification
06/01/2022 11:55:43